Foto capa: Torre do relógio e casa onde Vlad Tepes nasceu.
Além de ser a cidade em que o príncipe Vlad Tepes Dracul, famoso por inspirar o personagem do Conde Drácula, nasceu, Sighisoara, em minha opinião, é a cidade mais charmosa da Transilvânia. O clima é mágico entre as pequenas e super bem preservadas ruelas da cidade fortificada.
Pequena, minúscula! Em menos de uma hora é possível rodar seu centro histórico e pensar: “poxa, mas eu já vi tudo” e muita gente pode nem querer dormir por lá e apenas fazer uma passagem de um dia, mas eu super indico uma pernoite por lá. Para poder sentar um dos charmosos cafés ou restaurantes e curtir aquelas casinhas e construções lindas tombadas, além de todo aquele clima medieval. Essa cidade realmente é muito fofa.
Museu Histórico - Torre do Relógio: A torre do relógio era a entrada principal de Sighisoara e possui 64 metros de altura.
A construção da torre ocorreu no século 14 e hoje ela é o símbolo da cidade. O mais interessante do relógio é a sua forma de marcar as horas e dias da semanas. Ele possui, além do tradicional relógio de pontueiros, bonecos que simbolizam os dias da semana. Cada dia da semana possui uma representação. Super bacana! Subindo a torre é possível passar pelo maquinário que é bem interessante.
A subida da torre conta com 200 degraus e é super tranquila. Lá dentro, entre um andar e outro, tem salas museu contando sobre a vida antiga em Sighisoara. No topo da Torre do Relógio é possível desfrutar de uma vista panorâmica da cidade que é bem bacana.
Escada Coberta: Pertinho da rua da escola existe uma escada coberta que é atração na cidade. Tal escada foi construída em 1642 para facilitar a ida das crianças para a escola, que ficava no alto. A escada contava com 300 degraus mas hoje apenas 175.
Restaurante Casa Vlad Tepes: A casa onde Vlad nasceu hoje é um daqueles restaurantes que atraem milhares de turistas.
A comida não é muito boa, talvez exista outra opção mais gostosa para jantar na cidadezinha. Mas achei a experiência bacana de conhecer a tal casa por dentro. Lá tem um quarto temático de Vlad que confesso que não fui olhar porque imaginar ser algo bem apelativo, uma vez que falamos de um ocupantes de séculos atrás e casa mudou de donos há muitooooo tempo.
As ruas e as construções pela cidade: A coisa mais legal em Sighisoara é justamente passear a pé pelas lindas ruelas. Parece que em cada lugarzinho se encontra mais e mais charme. A sensação é de estar realemente no século 16. Foi super encantador desbravar a cidade.
Torres de Sighisoara: Pela cidade fortificada de Sighisoara existem torres que foram cosntruídas entre os séculos 14 e 16 para proteger das invasões turcas. Foram construídas 14 torres mas atualmente apenas 9 continuam de pé.
Dica de café: Um café que fui e amei, por ser super aconchegante é o Casa Cositorarului, foto abaixo.
Existem várias histórias a respeito do Vlad, acredito que no fundo é a mesma com pequenas varições de quem conta. O que escutei por lá é que na verdade o Vlad só fez nascer e viver o início de sua infância em Sighisoara. Na época do domínio otomano, os turcos capturavam um filho, ainda pequeno, de cada rei das redondezas para evitar guerras com o sistema de dominância que eles mantinham aqui na região, ou seja: se seu filho está com os otomanos, você não criar problema né? O Vlad foi criado com os otomanos em Constantinopla (Istanbul) e aprendeu tudo por lá... costumes de guerra, etc. Só que ao crescer o Vlad voltou para Romênia (o único, pois a lavagem cerebral era grande) e passou a ser príncipe da Valáquia (sul do país) e não aceitava pagar os impostos e regras otomanas e começou a criar um reboliço.
Foto: Reprodução
Daí os otomanos enviaram uma tropa com 300mil soldados. Vlad os capturou. Aí os otomanos mandaram um número ainda maior. O Vlad não ia conseguir vencer a guerra por ter poucos soldados, e para proteger o seu reino, usou uma cruel forma de empalar os soldados capturados ainda vivos: enfiava um espeto de madeira no anus que saía pelo pescoço (sem atingir nenhum órgão vital), e os pendurou no caminho da nova tropa de ataque. Ou seja, eles ficavam vivos por alguns dias com uma morte super lenta e dolorosa e a nova tropa aterrorizada! Vlad venceu e os otomanos não incomodaram mais seu reino na Valáquia (atual Bucareste).
Herói para os locais, demônio para os turcos.
Ah! Tem mais uma curiosidade que achei interessante que é em torno de ser demônio ou diabo e está bem ligado também ao o significado do sobrenome Dracul, da famílida do Vlad.
Draco, em latim, significa dragão, e este é o real significado do sobrenome inclusive o símbolo do brasão da família Dracul.
Entretanto, em romeno, Dracul significa Diabo. Então este significado ficou no imaginário popular unindo-se as lendas e histórias sobre o príncipe Vlad. O que dizem é que na época, diante das ideias e estrategias de Vlad para defender os cristãos dos otomanos, ele ficou conhecido como sendo o próprio diabo na terra.
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