Conhecer o Japão fazia parte da nossa programação, pelo leste da Ásia, já havia um bom tempo. Finalmente, em novembro, fomos conhecer a terra do sol nascente, dos olhinhos puxados e das maravilhas tecnológicas.
Pela proximidade geográfica e pelo pouco tempo que tínhamos disponível (14 dias), escolhemos conhecer as capitais do leste asiático, a saber, Tóquio, Seul e Pequim. Mas, obviamente, todo esse tempo no Japão também seria uma excelente opção.
O visto é necessário. A validade para turistas é de até trêsmeses após a emissão do mesmo. Em nosso caso, solicitamos pessoalmente, no consulado do Japão, em Recife. Este é o primeiro contato com a cultura japonesa. Organização, primor pelos detalhes ( há um pedido da descrição detalhada de toda a viagem, incluindo vôos e estadia) e praticidade. Em três dias uteis estávamos com os nossos vistos. Outro detalhe foi planejarmos um visto de entrada a mais, em virtude das conexões do regresso, uma vez que voltaríamos de Seoul, via Tóquio, para só então embarcarmos de volta ao Brasil. No Japão a imigração é rápida, sem muita burocracia.
A moeda é o Iene. O câmbio estava USD 122.8 e EUR 136.2. Sugiro embarcar com dólar ou euro. Realizamos nossa troca de moedas na casa de câmbio do próprio aeroporto, em Tóquio. De uma forma prática, dividíamos os valores que encontrávamos por cem. Assim, tínhamos uma idéia aproximada do valor em dólar.
O fuso horário tem uma diferença de 12 h em relação ao horário oficial, em Brasília.
O idioma é o Japonês, mas o inglês é bem recebido, aliás,a grande maioria das sinalizações estão descritas em ambos os idiomas. A barreira da língua, desta forma, é praticamente inexistente.
A alta temporada é entre os meses de abril/ maio até agosto. A média temporada é entre junho e julho (estação chuvosa) e de setembro a dezembro. A Baixa temporada é de janeiro a março.
Viajamos via Estados Unidos, com a United/ANA (Air Nippon Airways). Custo mais em conta e um total de quase 36 horas de viagem, a partir de Maceió. Reservamos nossos vôos com a Decolar.
Os Aeroportos mais importantes são o de Narita (66 km) e o de Haneda (14km), que se localizam distantes do centro da cidade. Os vôos internacionais chegam através do Aeroporto de Narita. Do Aeroporto (terminal 1) ao centro (e vice/versa) existem várias opções de transporte, mas o mais interessante é o Narita Express (N EX). Leva uma hora e meia ao centro e custa 3.190 ienes. Seu trajeto na cidade de Tóquio inclui o Terminal 2, EstaçãoTokyo, Shibuya e Shinjuku. No ticket, existem dados sobre o destino, o carro e o assento. Existe a opção do “Green Cars” ou primeira classe, que incui regulação de altura da cabeça, banco de couro e espaço maior das cadeiras. Há também o “Ordinary Cars”, ou segunda classe, sem tantas regalias mas, igualmente funcional. Foi a nossa opção. Existe espaço para as malas anteriormente e posteriormente nos carros, além de um espaço na parte superior, menor.
É bem prática sua compra e a sinalização no aeroporto também, o que facilita ainda mais. Utilizamos o Narita Express na volta do centro ao aeroporto também. Cuidado apenas com seu tempo para o embarque. Programe-se com antecedência de pelo menos três horas.
Utilize os táxis apenas no último caso. Utilizamos para pequenos deslocamentos na cidade e, ainda assim, julgamos caro. Eles possuem uma tarifa básica (indicativo na janela) que varia de 600-710 ienes. Facilmente, um trecho de média distância, chega a 3.500 ienes. Gasta-seaproximadamente 30 mil ienes até o centro da cidade. Os taxistas são engravatados e bem atenciosos. Levar seu endereço escrito em japonês ajuda bastante.
Para quem pretende passar mais dias no Japão utilizando seu eficiente sistema de transporte, a opção mais interessante é o Japan Rail Pass. Não o utilizamos porque passamos apenas quatro dias em Tóquio. Eles existem para 7,14 e 21 dias.
O Ônibus executivo custa em torno de 3000 ienes e leva duas horas ao centro.
Existem dezenas de bons hotéis em Tóquio, para todo estilo e bolsos, mas sugiro que façam suas reservas próximas a Estação Tokyo(Marunouchi) e a Estação Shinjuku, pelo simples fato de ser os locais de onde partem os famosos trens bala (Shinkansen), metrô e de onde se pode caminhar para boas compras, restaurantes e monumentos.
Optamos pelo Hotel Gracery Shinjuku, na região do mesmo nome. É um hotel bem novo, moderno, quartos confortáveis, porém com espaço bem reduzido, um bom café da manhã, wi-fi grátis e próximo as lojas de grife internacional, restaurantes e da estação de metrô de Shinjuku, a maior do mundo. Reservamos pelo Booking e gostamos bastante, sem falar no astro do Hotel, o Godzilla,motivo de visitas e de espaço reservado com toda pompa.Gastamos o equivalente a R$ 1.700,00 por quatro diárias,em acomodação dupla.
Chegamos no início da noite e nossa programação inicial foi conhecer os arredores do hotel, ou seja, Shinjuku. É uma região extremamente movimentada, muito iluminada, pessoas de todas as “tribos” circulando, restaurantes pequenos, lojas de padrão duvidoso e lojas de alto padrão também.
Para se ter uma boa idéia e conhecer os pontos de maior interesse nessa mega metrópole, fizemos o passeio no Sky Hop Bus, que nada mais é do que um ônibus turístico em que podemos fazer as paradas de acordo com o que julgarmos interessante . Paga-se por um ou dois dias. Adultos (2.500/3.500 ienes) e crianças (1.200/1.700ienes). São três trajetos divididos por cores: o azul (mais monumentos), o verde (mais modernidade) e o roxo (área central). Escolhemos fazer em um dia ( 2.500 ienes). É bastante corrido, mas para quem dispõe de pouco tempo, concluímos ser o ideal. Iniciamos pelo azul, verde e depois o roxo. Os passeios iniciam às 9:30h até às 19:00h, aproximadamente.
Os pontos de saída são a Torre de Tokyo e o Marunouchi Mitsubishi Building ( próximo a estação tokyo). O melhor ponto é o segundo, pois fica próximo ao Palácio Imperial, que marca o centro da cidade (Marunouchi). Nessa região, existem belos parques, restaurantes, cafés e modernos prédios. Uma caminhada aqui é impressindível.
A Tokyo Skytree Station é a linda e espetacular torre de comunicação . Dos pontos que visitamos, esse, sem dúvida, foi o mais concorrido. Havia muita gente, mas a espera valeu a pena. Inaugurada em 2002, é considerada uma das maiores torres de comunicação do mundo. Possui 634m e tem dois decks de observação, um a 350 m e outro a 450m. Tem-se uma vista muito bonita da cidade e seu piso de vidro, não obstante uma atração parecer, ainda pousa como um local especial para fotos. Custo de 2.060 ienes. Aberto de 08:00 às 22:00 h. Se preferir trem, use a linha Hanzomon, até Oshiage.
Asakusa Hanakawado (Senso-ji) é o ponto logo a seguir. Era o antigo bairro boêmio de Tóquio. É o templo Budista mais visitado da cidade . O templo guarda a imagem dourada de Kannon ( a deusa budista da misericórdia). A entrada principal é pelo portão Kaminari-mon, protegido pelo deus do vento (Fujin) e o deus do trovão (Raijin). Aqui encontramos também o pagode de cinco andares(55m), que é a reconstrução de um pagode feito por Tokugawa, lindíssimo. Um mercado local é bem freqüentado, com pequenas lanchonetes e lojas de artesanato, onde se vende desde quimonos a pequenas miniaturas do templo (Nakamise Street). Passeio imperdível. Entrada gratuita. Metrô linha Ginza até Asakusa.
Akihabara é o local ideal para se fazer compras de eletrônicos. São inúmeras lojas com artigos eletrônicos para todo gosto e preços.
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